sábado, 25 de abril de 2009

Apesar das ruínas e da morte

Não esperava começar com a publicação de um poema - e muito menos com este -, mas como esta altura exacerba alguns sentimentos que noutros tempos já são fortes, senti por necessidade relembrar ou dar a conhecer um dos mais lindíssimos carmes do plectro português.

Geralmente quando começo uma «antologia» uso outros poetas, mas é sempre bom inaugurar com Sophia.


Apesar das ruínas e da morte

Apesar das ruínas e da morte,
Onde sempre acabou cada ilusão,
A força dos meus sonhos é tão forte,
Que de tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos ficam vazias.


Sophia de Mello Breyner Andresen, Poesia (1944)

sábado, 11 de abril de 2009

Apresentações iniciais

O mundo das ideias funciona entre a ilusão e a realidade, entre a certeza e incerteza e entre a verdade e a mentira, sobre isto, o pensador coloca-se sempre na corda bamba guiando o seu caminho à procura de uma maior certeza e da verdade sentindo-se constantemente impulsionado pelo fio da navalha, construindo-se através do mundo de Morfeu e de Zeus. Certezas e verdades que lhe levarão a uma nova dialéctica e um novo percurso na corda bamba.

É com este elogio aos pensadores, a quem perde o seu tempo no mundo das ideias e do sonho, que pretendo justificar o título deste blog e é com ele que tenciono fazer a apresentação de um espaço que desejo que seja de troca de ideias, apresentação de conhecimentos e exploração de gostos - num pequeno mundo meu que passará pelos temas do ser humano e pela criação da sua arte, por isso bastante pessoal, mas nunca privado.