sábado, 25 de abril de 2009

Apesar das ruínas e da morte

Não esperava começar com a publicação de um poema - e muito menos com este -, mas como esta altura exacerba alguns sentimentos que noutros tempos já são fortes, senti por necessidade relembrar ou dar a conhecer um dos mais lindíssimos carmes do plectro português.

Geralmente quando começo uma «antologia» uso outros poetas, mas é sempre bom inaugurar com Sophia.


Apesar das ruínas e da morte

Apesar das ruínas e da morte,
Onde sempre acabou cada ilusão,
A força dos meus sonhos é tão forte,
Que de tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos ficam vazias.


Sophia de Mello Breyner Andresen, Poesia (1944)

1 comentário:

  1. a ilusão e o sonho - duas realidades tão diferentes e aparentemente tão próximas... boa perspectiva. o excerto é lindissímo:)

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